Na última quarta-feira (10), a Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig) realizou mais uma edição do Café com Autoridade. O evento, que contou com a participação do Senador Eduardo Gomes, propôs uma conversa sobre a regulação da Inteligência Artificial no Brasil e seus impactos para a sociedade.
Na ocasião, o parlamentar, relator do projeto de lei (PL) 2.338 de 2023, explicou que, desde o início do processo, há uma grande preocupação em acompanhar as legislações em outros países, e reforçou que ambientes regulados têm mais financiamento e segurança, o que resulta em mais crescimento. “É difícil regulamentar, mas vai ficar muito mais difícil se não houver regulamentação”, afirmou. Gomes disse ainda que a não regulação traz risco de insegurança jurídica. “Eu não tenho a menor dúvida de que, na ausência de uma legislação geral, haverão medidas judiciais administrativas”, completou.
A decisão da Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial (CTIA) de adiar a votação do PL foi bastante comentada. A previsão é que o texto só volte a ser visto depois do recesso legislativo. “Adiar devido ao momento de recesso e eleições, vai dar um fôlego para que a gente possa amadurecer ainda mais esse texto e tenhamos um resultado mais redondo”, disse Roberta Rios, vice-presidente da Abrig.
Sobre o desenvolvimento industrial e tecnológico do Brasil, o senador afirmou que, apesar das mazelas, tem um olhar otimista para o futuro e reconheceu que existem talentos importantes no país. “Nós temos que ter autoestima”, comentou.
No evento estavam presentes cerca de 60 pessoas, entre associados pessoa física e representantes pessoa jurídica, convidados e veículos da imprensa. Além do Senador, a mesa diretiva foi composta por Jean Castro, presidente da Abrig, Francine Moor, 1ª vice-presidente e Roberta Rios, vice-presidente.
Comitê de Tecnologia e Inovação
No final do evento, a Abrig anunciou o lançamento do novo comitê temático de tecnologia e inovação. O objetivo é promover debates sobre a inovação e tecnologia nas relações institucionais e governamentais a fim de tornar as operações dos associados mais estratégicas, em conformidade com o Estatuto Social e o Regimento Interno da Associação.
“Vemos o trabalho da Abrig e o papel da inovação como uma parte importante do processo democrático e da representação de interesses”, afirmou Michael Lopes, coordenador do comitê e cofundador da Nomus.
Ao longo do ano, a Abrig tem promovido uma série de debates com autoridades sobre os principais temas sociais em voga. Esses eventos são espaços fundamentais que reforçam práticas democráticas e transparentes entre os setores público e privado, destacando a importância das atividades de relações institucionais e governamentais. “Desde sua fundação, a Abrig tem prestado um serviço relevante à sociedade brasileira. Buscamos, dentro do processo democrático, o aperfeiçoamento e a implementação das melhores práticas nessa atividade”, afirmou o presidente da entidade, Jean Castro.