Guilherme Cunha Costa, um dos fundadores da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais - Abrig, participa ativamente das atividades da entidade há 15 anos. Em sua trajetória, assumiu diversos cargos. Foi vice-presidente, presidente executivo e, recentemente, foi eleito presidente do Conselho Superior. Em entrevista para a Abrig, falou sobre seu novo cargo, os avanços da associação e a importância do Prêmio Marco Maciel - premiação que reconhece as melhores práticas na atividade de relações institucionais e governamentais. Leia a seguir.
ABRIG: Qual a função do Conselho Superior? Quem são os conselheiros e como eles são escolhidos?
GUILHERME CUNHA: O Conselho Superior tem todas as suas atribuições previstas no estatuto social da Abrig. Basicamente, o papel do grupo é servir de norte para a entidade e atuar como mediador em questões nas quais, por ventura, possam ocorrer visões divergentes. O Conselho Superior da Abrig cumpre um papel muito importante ao prestar credibilidade à entidade, visto que seus integrantes são pessoas que, além de ilibada reputação, conquistaram grande prestígio, não só no mercado de relações institucionais e governamentais (RIG), mas também junto à sociedade como um todo. É composto por dez conselheiros: Antônio Queiroz, Cícero Araújo, Elisabeth Carvalhaes, Evandro Gussi, Ivonice Campos, Luiz Antônio Flecha de Lima, Marcos Borges, Ruy Coutinho e Stella Matos, em ordem alfabética. Os integrantes são escolhidos pela Diretoria da Abrig que, ao aprovar os seus nomes, passam a compor o órgão.
ABRIG: Qual a expectativa para os trabalhos do Conselho Superior em prol da Abrig no biênio 2022-2023?
GUILHERME CUNHA: O Conselho Superior fez sua primeira reunião de 2022 no mês passado, na qual eu tive a honra de ser eleito como presidente. Nós não temos dúvidas de que podemos fazer um trabalho de grande debate de políticas públicas, focado nas questões que são mais caras para os profissionais de RIG, a exemplo do desenvolvimento dos eixos ESG (Ambiental, Social e Governança), das políticas públicas e de assuntos regulatórios. Acredito que o Conselho Superior ficará envolvido com esses macrotemas e, para além disso, buscará novos expoentes, aumentando a representatividade dos segmentos da economia, como também conhecer a Abrig e participar dela.
ABRIG: O sr. já foi vice-presidente e presidente da Abrig. Recentemente, assumiu a presidência do Conselho Superior da entidade. Comente sobre sua trajetória desde os primeiros anos na Abrig até os dias atuais.
GUILHERME CUNHA: A Abrig nasce em 2007 após dois anos sendo debatida insistentemente por um grupo de aproximadamente cinco pessoas, do qual eu fazia parte ao lado de Marcelo Moraes, Stella Cruz, Carlos Cidade e Antônio Marcos Umbelino. Levamos quase um ano para que pudéssemos chegar a uma definição do que seria a entidade e do seu estatuto. A Abrig foi, então, instituída formalmente e, por vários fatores, ficou dormente por alguns anos. Em 2016, tive a satisfação de ser eleito presidente executivo da associação. Na época, houve um grande esforço para convidar os principais profissionais de relações institucionais e governamentais do Brasil para que, efetivamente, colocássemos de pé a Abrig, que passaria rapidamente a ser muito importante para os profissionais da área, para a atividade e, consequentemente, para o nosso querido Brasil. Houve grande apoio dos profissionais de RIG e de empresas que começaram a se associar, o que permitiu que a entidade se formatasse e se consolidasse. A partir de então, realizamos diversos debates de políticas públicas, conferências internacionais, criamos e oferecemos cursos de capacitação e, em seguida, criamos o Prêmio Marco Maciel. A partir da experiência profissional e internacional, demos norte aos projetos de lei que tramitavam no Congresso Nacional.
Tenho um grande contentamento de ter sido presidente dessa entidade em um momento tão importante para o Brasil, que passava por um período de consolidação do profissional e da atividade de relações institucionais e governamentais, tendo sido coroada, naquele momento com o reconhecimento da atividade na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Recentemente, fui eleito presidente do Conselho Superior da Abrig, o que me dá muita satisfação. Reconhecemos o importante trabalho que Carolina Venuto vem fazendo à frente da presidência executiva e nos colocamos à disposição da diretoria para que, juntos possamos sintonizar os diversos projetos da Abrig. Não há dúvidas de que nós conseguiremos apresentar resultados concretos, em prol da nossa atividade e da nossa entidade.
ABRIG: O Prêmio Marco Maciel foi uma iniciativa criada durante seu mandato, em 2017. Qual a importância do PMM para a Abrig e para a atividade de relações institucionais e governamentais?
GUILHERME CUNHA: O Prêmio Marco Maciel, lançado em 2017, tem um significado muito importante para a Abrig não só pela visibilidade, mas também pela busca concreta de boas práticas nas relações institucionais e governamentais, a partir das categorias que ele se propõe a homenagear. A premiação é um reconhecimento a esse homem público brasileiro, que sempre honrou não só o estado de Pernambuco, mas todo o povo brasileiro, com a sua personalidade que sempre buscava defender aquilo que fosse pertinente, legal e legítimo dentro da sua vida pública, que se consolidou através dos vários cargos políticos e públicos, para os quais foi eleito ou nomeado. Marco Maciel é um exemplo que deve ser sempre seguido e reconhecido de um cidadão brasileiro que contribuiu sobremaneira para o nosso Brasil. Ele teve uma visão muito ampla e inovadora ao propor o primeiro projeto de lei no país que tinha por finalidade regulamentar a atividade de relações institucionais e governamentais.
Para além disso, o prêmio carrega em si grande simbolismo. Seu lançamento foi feito na Praça dos Três Poderes, ou seja, em praça pública e ao pé do Supremo Tribunal Federal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional, onde anteriormente houve um estigma em torno da atividade e do profissional de RIG. Foi um trabalho de toda a diretoria que se empenhou para que aquele sonho se tornasse realidade e que nós poderemos acompanhar mais uma vez nesse ano de 2022. É uma grande alegria ver o Prêmio Marco Maciel, de novo, na Praça dos Três Poderes, enaltecendo as boas práticas nas relações institucionais e governamentais, em várias categorias que são tão importantes na consolidação de uma sociedade mais justa e mais transparente.