Foto: Agência Senado
A ampliação da participação feminina nos espaços políticos foi o tema do seminário Mais Mulheres na Política, realizado pela Liderança Feminina do Senado Federal em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher e a Liderança da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados, no dia 30 de maio, em Brasília.
O Comitê Abrig Mulher, convidado para o evento, foi representado pela coordenadora Francine Moor. A presença da coordenadora foi citada pela líder da Bancada Feminina do Senado, senadora Eliziane Gama, e pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka. Segundo Moor, a participação é resultado da parceria que vem sendo construída entre o comitê e as bancadas femininas da Câmara e do Senado.
O evento contou com a participação de parlamentares atuantes na causa, como a senadora Leila Barros, procuradora especial da mulher do Senado; a deputada Tereza Nelma, procuradora da mulher na Câmara; e a deputada Celina Leão, coordenadora da Bancada Feminina da Câmara.
As integrantes da mesa de abertura do seminário destacaram que as mulheres que já ocupam posições de liderança no Brasil estão em um movimento inédito na história do país, que pretende construir um novo pacto social que, de fato, inclua as mulheres na sociedade brasileira.
No decorrer do seminário, as participantes falaram sobre os grandes desafios encontrados por mulheres nos espaços de poder e como o espaço político ainda é visto como um lugar predominantemente masculino. O Brasil é o país latino-americano com menores índices de representatividade feminina nos espaços decisórios e políticos.
Apesar de ser maior porcentagem no número total do eleitorado brasileiro, as mulheres representam apenas 15% dos políticos eleitos. Para a deputada Tereza Nelma, é preciso trabalhar por uma reforma política inclusiva. “Nosso grande objetivo é a paridade de gênero em todos os níveis, federal, estadual e municipal”, destacou, ressaltando a importância da criação de cotas para a ocupação das cadeiras nos parlamentos.
Para a ministra do STF e do TSE Cármen Lúcia, vivemos em um sistema representativo que ainda não representa a população brasileira. Segundo ela, a democracia prevista na Constituição de 1988 precisa ser colocada em prática através de uma distribuição mais igualitária dos cargos eletivos e de liderança entre homens e mulheres. “Nós queremos uma sociedade de iguais”, afirmou.
Segundo a coordenadora do Comitê, o seminário é mais um passo no amplo debate sobre a busca da equidade feminina que vem sendo feito no espaço político. “As mulheres que atuam na atividade de RIG podem e precisam participar deste processo porque é no ambiente político que a atividade se realiza e, também, porque as barreiras enfrentadas pelas mulheres nesses espaços são muito similares, tendo elas mandato ou não”, destacou Francine Moor.