Para o secretário Sandro Avelar, é preciso uma conscientização da importância da pasta.
Brasília, 23 de outubro - O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que a segurança pública é uma responsabilidade de todos. Para o chefe do Conselho, a pauta precisa de uma conscientização da população. A declaração foi realizada em reunião promovida pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), nesta quarta-feira (23).
“A segurança pública é dever do Estado, mas é responsabilidade de todos. Não temos fórmula milagrosa, mas temos que ter transparência e investimento em tecnologia”, destacou Avelar.
O Consesp reúne os secretários de Segurança Pública do país e tem, entre as missões, a de representar os interesses comuns das secretarias junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) bem como propor medidas para aperfeiçoamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
O vice-presidente da Abrig, Rafael Favetti, destacou a visão que representantes internacionais têm do Brasil. “Segurança Pública é um iceberg que a gente vê só a ponta, a visão internacional é de que o nosso país não tem segurança. Tem gente que deixa de vir para cá porque não se sente seguro”, declarou.
Na última semana, a Abrig esteve em missão internacional em Washington D.C. com o foco nas eleições dos Estados Unidos. Durante a ocasião, a associação pode falar sobre a importância da regulamentação do lobby e outras pautas fundamentais para o Brasil.
“Empresas americanas vão se sentir mais seguras se houver uma regulamentação das relações institucionais”, explicou Márcio Coimbra, membro do Conselho Superior da Associação.
PEC da Segurança Pública
O presidente da Consesp falou sobre a elaboração da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública. De acordo com o Avelar, o Conselho não foi consultado.
O governo Lula pretende ainda neste ano abrir a discussão sobre a PEC da Segurança Pública. O texto, articulado pelo Ministério da Justiça, deve ser protocolado após um encontro com governadores de todos os estados e do Distrito Federal.
A expectativa é que a reunião de Lula e os governadores aconteça ainda em outubro.